Alice Emanuelli, de 3 anos, tinha o hábito de comer uva depois das refeições. No domingo (27), Leidiane Pereira foi acordada pela filha por 9h40. Alice havia comido uvas e estava engasgada. A mãe, pega de surpresa, fez o que estava ao seu alcance para ajudar a filha.
Leidiane contou que não sabia que a menina estava engasgada, mas fez os primeiros socorros, baseado no que costuma assistir em reportagens sobre pessoas engasgadas. De acordo com a mãe, a uva não desceu e o que Alice tentou colocar para fora, acabou voltando. “Aí voltou para o pulmão. Então o pulmãozinho dela parou”, afirmou a costureira.
Pedido de ajuda
A família de Alice pediu ajuda em uma igreja próxima da residência. Um bombeiro e um técnico de enfermagem que assistiam ao culto iniciaram os primeiros socorros e conseguiram retirar a uva da boca dela. Alice foi encaminhada ao Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira.
Alice deu entrada no hospital depois de ficar 15 minutos sem conseguir respirar. A garotinha precisou ser intubada e sofreu duas paradas cardíacas. Leidiane afirmou que manteve a esperança até o último momento e que viu a filha ficar com o olho paralisado antes de ser intubada.
Todo cuidado é pouco
O objetivo das orientações não é julgar a tragédia ocorrida em Goiânia, mas orientar os pais e cuidadores. Qualquer alimento pode ser um perigo para as crianças. Entre os principais causadores de engasgo estão aqueles que são pequenos e em formatos arredondados, como uva, azeitona, bala, morango, tomate cereja. Alimentos muito secos, como milho, amendoim ou castanhas também são perigosos. É necessário orientar as crianças desde pequenas sobre os cuidados a serem tomados e nunca deixá-las sem supervisão.