Silvia Jara da Silva, de 40 anos, encontrou nas canecas personalizadas sua fonte de renda para sustentar sua família. Mãe de três filhos, ela se dedica integralmente ao cuidado de João Júnior, seu filho mais novo, que nasceu com uma anomalia anorretal. Aos nove meses de idade, o pequeno João precisa utilizar uma bolsa de colostomia e consumir um leite especial, cujo custo mensal passa dos R$3 mil.
Durante a gravidez, Silvia realizou todos os exames recomendados, porém, o diagnóstico da anomalia só foi feito após o parto. “Foi uma surpresa quando ele nasceu com esse problema de saúde. O primeiro impacto foi a constatação de que ele havia nascido sem ânus”. A mãe explicou que o bebê foi submetido a uma cirurgia para correção, mas infelizmente não foi possível realizar a correção total devido à distância do intestino. Como resultado, tornou-se necessária a utilização de uma bolsa de colostomia.
Menino ficou 30 dias na UTI
Após 30 dias na UTI, João e sua mãe finalmente puderam voltar para casa. No entanto, Silvia precisou abrir mão de seu emprego para cuidar integralmente de seu filho, passando a se dedicar à confecção de canecas personalizadas em sua residência. Ela adquiriu essa habilidade quando morava em Corumbá, na época em que teve seu primeiro filho. A mulher compartilhou que possui um filho de 17 anos com paralisia cerebral e explicou que não tinha a possibilidade de trabalhar fora. Como alternativa, optou por fazer cursos de Corel Draw e teve êxito ao abrir uma loja, mas posteriormente decidiu se mudar para Campo Grande.
Silvia afirma que João enfrenta outros problemas de saúde, além da anomalia anorretal. De acordo com ela, ele apresenta um sangramento grave na colostomia e foi diagnosticado com colite, uma infecção em todo o intestino que causa sérios problemas. A dieta do menino também é restrita e gera custos exorbitantes todo mês.
Mulher enfrenta dificuldades financeiras
Apesar de receber o Benefício Assistencial à Pessoa com Deficiência (BPC/LOAS) para o filho mais velho e uma pensão alimentícia do pai de João, a renda familiar não é suficiente para cobrir todas as despesas médicas, o aluguel e demais necessidades da casa.