De acordo com especialistas consultados pelo portal g1, a implosão do submarino Titan no Oceano Atlântico, durante uma expedição para observar os destroços do Titanic, resultou no esmagamento e fragmentação dos corpos das cinco vítimas. Esses especialistas afirmam que, devido a essa condição, os restos mortais foram divididos em fragmentos extremamente pequenos.
Existem dois principais fatores que contribuem para essa dificuldade: a imensa pressão exercida pela água em uma profundidade de 4 mil metros; e a presença de uma fauna marinha faminta, incluindo tubarões, peixes-bruxa e vermes-zumbis.
Alta pressão no fundo do oceano
A pressão exercida pela água aumenta à medida que a profundidade no mar se intensifica. Ao mergulhar apenas dois ou três metros, por exemplo, já se pode sentir o desconforto nos ouvidos. Devido a um possível defeito no casco, o veículo não suportou a uma grande pressão e implodiu.
Thomas Gabriel Clarke, do Laboratório de Metalurgia Física da UFRGS, descreve essa ocorrência como um efeito devastador. Uma comparação que ilustra essa magnitude, é que a água exercia uma pressão equivalente à de um elefante pisando em um pedaço de papel, com apenas 25 centímetros quadrados.
Fauna marina no fundo do mar
O especialista aponta também que é provável que os restos mortais restantes sejam consumidos por peixes, tubarões, crustáceos e vermes. A 4 mil metros de profundidade, essas criaturas enfrentam desafios em encontrar fontes de alimento.
“Sem a luz necessária para a fotossíntese, os organismos enfrentam privação de alimento. O que cai ali é consumido muito rapidamente”, contou em entrevista Paulo Yukio Gomes Sumida, docente do Instituto Oceanográfico da USP.