Caso Thiago Vinícius: polícia não acredita em homicídio, mas mãe pode responder por abandono de incapaz

Responsáveis pela investigação não acreditam em homicídio, mas mãe pode responder por abandono de incapaz.

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No último dia 16, sexta-feira, um trágico desfecho marcou a busca pelo menino Thiago Vinícius, de apenas 2 anos, que havia desaparecido em um parque desativado de Londrina. Após sete dias intensos de procura, o corpo da criança foi localizado pelas equipes de bombeiros.

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Thiago Vinícius havia ido ao parque acompanhado de sua mãe, Letícia, e seu padrasto, Deivid. Segundo relatos do casal às autoridades, eles colocaram o menino dormindo no carro no momento de ir embora, porém, suspeita-se que ele possa ter saído do veículo logo em seguida. 

Polícia não acredita em homicídio

Nenhuma hipótese é descartada pela polícia, mas as autoridades acreditam que houve negligência da mãe e não um homicídio. Exames preliminares não mostraram lesão no corpo de Thiago Vinícius. Perícia no veículo não encontrou marcas de sangue.

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Isso não significa que a mãe do menino não possa responder por um outro crime. O abandono de incapaz está descrito no Código Penal Brasileiro e Letícia Rocha pode ser enquadrado no artigo 133 da lei, cuja pena varia de seis meses a três anos.

Artigo 133 do Código Penal Brasileiro

O artigo 133 do CPB afirma que “abandonar a pessoa que está sob seu cuidado, guarda, vigilância ou autoridade, e, por qualquer motivo, incapaz de defender-se dos acidentes resultantes do abandono” é crime. As autoridades que investigam o caso também fizeram um apelo à população de Londrina para que não agissem com vingança contra a mãe de Thiago Vinícius para que injustiças não fossem cometidas. O delegado responsável pelo caso, João Reis, aguarda o laudo final do IML, que dirá qual foi a causa da morte de Thiago Vinícius, para finalizar o inquérito.