Em conversa com repórteres após a tragédia ocorrida na creche Cantinho Bom Pastor, nesta quarta-feira (05), em Blumenau, o pai do menino Bernardo, uma das vítimas fatais do ataque, impressionou pela postura cristã. Mesmo após ter perdido a sua criança, ele destacou os bons momentos vivenciados ao lado do filho, e não desejou o mal para o responsável pela ação bárbara.
No relato, o pai de Bernardo pediu para que as pessoas valorizem cada um dos momentos da vida. “Hoje ele chegou pela creche de manhã, imitando o coelhinho, a gente veio pulando de coelhinho. E é isso cara, é fazer valer a pena todos os momentos. Deus abençoe vocês!”, disse o pai de uma das vítimas.
Na sequência, o repórter não conseguiu segurar a emoção por conta do relato do pai de Bernardo, e pediu desculpas. Felipe Sales destacou que, apesar de ter perdido o filho, em nenhum momento o pai desejou a morte para o responsável pela ação bárbara.
🚨VEJA: Repórter se emociona com relato do pai de Bernardo, criança assassinada no ataque brutal na creche de Blumenau.
— CHOQUEI (@choquei) April 5, 2023
O crime bárbaro
De acordo com informações da Polícia Militar, o homem de 25 anos, responsável pela ação criminosa, pulou o muro da creche Cantinho Bom Pastor e iniciou o massacre contra as crianças que estavam no parquinho. Ele cometeu os crimes com uma machadinha, e logo depois se entregou às autoridades.
Os investigadores estão apurando o caso para descobrir se há mais algum envolvido no crime. As vítimas tinham entre 4 e 7 anos. Outras cinco pessoas ficaram feridas, sendo que uma delas se encontra em estado grave internada.
Desespero na creche
O cenário de tragédia só não foi maior porque algumas professoras se trancaram com bebês e alunos de idade maior em salas da creche. Uma das heroínas foi a professora Simone Aparecida Camargo, que revelou ter trancado bebês no banheiro para salvá-los de um possível ataque do criminoso. Inicialmente, as funcionárias da creche acharam que a invasão na creche se tratava de uma fuga, com o assaltante escolhendo o local como refúgio, mas depois ficaram surpresas pela ação.