O pequeno Vinícius de Brito Samsel, de apenas três anos, faleceu nesta última quarta-feira (15), vítima de AME (Atrofia Muscular Espinhal). A patologia é tratada com a medicação mais cara do mundo, o Zolgensma. Ele foi a óbito um dia depois do governo enviar dinheiro para a compra do remédio.
Depois de uma batalha judicial, que chegou ao Supremo Tribunal Federal, a família da criança teve o direito a receber R$ 7,4 milhões. Esse valor enviado foi para comprar o referido medicamento. Contudo, esse montante foi depositado um dia antes do falecimento.
Criança falece vítima de AME
“Torcemos tanto por um recomeço na vida do Vinícius com a notícia de que o valor havia sido depositado pela União nesta terça-feira (14), mas infelizmente chegou tarde demais”, falou Graziela Costa Leite, advogada que assessorava os familiares. Em seguida, foi dito que o portador de AME tem pressa.
O processo para a compra da medicação teve negativas da Justiça do Paraná e do Supremo Tribunal de Justiça. Ao chegar no STF, foi determinado que a união repassasse, em até 72 horas, em torno de R$ 7,4 milhões. Esse valor seria para a compra do remédio e despesas médicas da criança.
Nas semanas anteriores, a família compartilhou momentos de angústia pela demora em liberar o dinheiro. Uma postagem, datada de janeiro, os familiares diziam que o AME “levava” Vinícius um pouquinho, todos os dias.
SUS e planos de saúde deverão arcar com Zolgensma
A Agência Nacional de Saúde Suplementar colocou o Zolgensma na lista de remédios obrigados a serem ofertados a pacientes com até seis meses de vida. Há ainda processos para que o Sistema Único de Saúde garanta a distribuição, salva algumas condições.