Jovem falece trabalhando ao cair em máquina de esmagar batatas; ‘estava atrás dos sonhos dela’, diz mãe

Uma jovem faleceu aos 24 anos de idade enquanto prestava serviços para uma empresa de batatas pré-fritas congeladas. A tragédia foi registrada na madrugada da última quinta-feira (17) na cidade de Perdizes, localizada no Triângulo Mineiro. De acordo com os relatos, a vítima caiu na esteira que fazia a condução dos alimentos e ficou presa no cavalete do motor, provocando o seu óbito.

A empresa Bem Brasil, na qual a vítima prestava os seus serviços, lamentou a fatalidade e disse ter instaurado um procedimento investigativo junto aos órgãos competentes para que a dinâmica da tragédia seja esclarecida. A jovem seria contratada de uma empresa terceirizada.

Colegas de trabalho relatam acidente

Informações que constam no Boletim de Ocorrência indicam que Rafaela Alves dos Santos, a vítima, era natural da cidade de Santa Luzia do Itanhy, no Estado de Sergipe, e sofreu um grande traumatismo craniano.

Uma colega de trabalho, que estava ao seu lado no momento do acidente, explicou que a esteira estava desligada e, automaticamente, começou a funcionar de maneira repentina, arrastando a vítima com grande velocidade para o cavalete do motor.

Um líder operacional da empresa explicou em depoimento aos policiais militares que a máquina, de fato, pode funcionar sozinha, desde que programada para tal. Todavia, os funcionários responsáveis pela operação não souberam explicar o porquê do acionamento automático ter ocorrido no exato instante em que a vítima trabalhava no local.

Mãe da vítima lamenta a fatalidade

Em entrevista ao portal G1, Carla Cristina Dias Alves, mãe da vítima, explicou que Rafaela era técnica de enfermagem por formação, mas que não exercia a profissão. Em maio deste ano, a jovem se mudou para Minas Gerais na companhia da irmã mais velha e dois outros primos.

“Ela foi atrás do futuro, estava atrás dos sonhos dela, que era trabalhar na área dela e cuidar de mim”, desabafou a genitora. “Rafaela era o meu xodó. […] Todo dia de manhã ela me mandava mensagem com ‘bom dia, meu amor'”, continuou a familiar, lamentando a tragédia.