Cerca de 30 manifestantes que bloqueavam parte da marginal Tietê, em São Paulo, capital, prometem que manterão o protesto pró-golpe por meses. Eles dizem que continuarão no local mesmo que o presidente Jair Bolsonaro (PL) reconheça a derrota, que é democrática e constitucional, para Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O atual presidente da república teve 49,10% dos votos válidos nas eleições ocorridas neste último domingo (30). Já o candidato petista foi reeleito para o seu terceiro mandato com 50,90%. O chefe de estado, o primeiro presidente a não se reeleger no Brasil, não se pronunciou sobre o resultado até a tarde desta terça-feira (1).
Manifestantes pró-golpe
Manifestantes bolsonaristas estão concentrados na ponte das Bandeiras, no sentido da cidade de Guarulhos. Quatro das seis faixas da rodovia estavam bloqueadas por volta de 10h. Apesar de lento, o trânsito não estava parado, após a PM e a CET liberarem duas faixas.
O grupo vestia camisa da Seleção Brasileira de Futebol e segurava bandeiras do país, gritando para os carros palavras de ódio e desferindo xingamentos para o PT. Alguns motoristas que conseguiram passar, apoiavam os manifestantes com acenos de buzina.
Um dos apoiadores de Bolsonaro é o vendedor Leonardo Pantana, de 42 anos, que espera ter 500 mil pessoas no local até o final da tarde. Em um dado momento de uma entrevista, ele disse que se o presidente derrotado nas urnas aliviar e pedir o fim dos bloqueios, será ainda pior.
Bolsonarista ameaça piorar manifestações
“Se o Bolsonaro aliviar vai ser pior, vamos parar ainda mais. Vamos levar até o dia que não aguentar mais: um mês, dois meses, se precisar a gente fica quatro meses”, ameaçou o manifestante bolsonarista.