É inquestionável que o Brasil necessita de reformas administrativas, entretanto, há muita divergência sobre os potenciais danos causados pela PEC 32 ao serviço público e servidores em praticamente todas as esferas.
Um dos pontos mais criticados propostos na PEC 32, que deve mesmo ir à votação, deve-se ao fato de que a Emenda prevê a contratação de uma nova categoria de servidores públicos (municipais, estaduais e federais), sem estabilidade, cargos estes que podem e provavelmente serão ocupados por apadrinhados políticos dos próprios apoiadores da PEC 32, servindo de aparelhamento político e ideológico do Estado e, sem mensurar a competência de seleção, antes comprovada por concurso amplo, aberto e público.
A consequência deste mesmo aparelhamento político é a enxurrada de demissões que podem se dar, caso a PEC 32 seja aprovada da forma como está, por razões meramente políticas, isso fora as trocas de governos, a cada 4 anos, que poderão resultar em demissão em massa, onerando custos ao próprio Estado.
PEC 32, se aprovada, dará poder aos chefes do Executivo de extinguir órgãos
Dentre outros pontos polêmicos da PEC 32, um dos que mais se destacam é a possibilidade de o chefe do poder Executivo, de qualquer esfera, ter a possibilidade de, apenas por sua vontade e decisão quase que monárquica, extinguir entidades públicas sob seu único e exclusivo critério, sem depender de qualquer aval do Congresso para tal.
Câmara dos Deputados abriu votação em consulta pública sobre PEC 32 – 93% reprovam
Embora alguns políticos demonstrem muita vontade na aprovação da PEC 32 da forma como está, em consulta pública, há mais de 388.500 votos em ‘discordo totalmente’, totalizando 93% do total de brasileiros que opinaram a respeito, contra 1% que apoiam a aprovação (concordo totalmente). Até o momento de edição desta matéria, ainda é possível votar e registrar sua opinião na consulta pública.