Dia da Alimentação não tem motivos para comemorar: há pessoas comendo ratos, ossos e lama para sobreviver

Itens básicos para algumas pessoas é artigo de luxo para outra, que precisam recorrer a ‘alimentos do desespero’.

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O Dia Mundial da Alimentação é celebrado neste domingo, dia 16 de outubro, porém, a data está longe de ter motivos para serem comemorados. Há pessoas pelo mundo precisando recorrer a alimentos do desespero, como ratos, lama e até ossos.

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Fome, pobreza, doenças e guerras, são alguns dos fatores que podem alterar drasticamente o que é ingerido pelo planeta. Há outras situações extremas, em que pessoas desesperadas para terem o que comer recorrem também a frutos de cactos, flores e peles de animais descartados.

Dia da Alimentação e o cenário da fome

A fome severa e a desnutrição continuam sendo um desafio diário em vários países mundo afora, com uma escala gigantesca. O Programa Mundial de Alimento, uma divisão da Organização das Nações Unidas, contabilizou que cerca de 828 milhões de pessoas dormem com fome, já outras 345 milhões enfrentam insegurança alimentar aguda.

Antes desse dia 16 de outubro, A BBC entrevistou quatro pessoas de diferentes localidades do planeta, que passaram forme extrema e perguntou o que elas faziam para sobreviver. “Eu como ratos desde a infância e nunca tive problemas de saúde. Eu alimento minha neta de 2 anos com ratos. Estamos acostumadas com isso”, falou Rani, que vive no sul da Índia.

Sharifo Hassan Ali, uma mãe de sete filhos da Somália, conta que bebeu água barrenta e já viu pessoas comendo carnes de carcaça. Fefiniaina, de 25 anos, que tem dois filhos e é da ilha de Madagascar, diz que sobrevivem com frutos de cactos vermelho e não se dão ao “luxo” de comer arroz.

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Situação da fome no Brasil

Esse triste cenário também acontece no Brasil, onde milhares de pessoas recorrem a itens de ‘desespero’ para se alimentarem. Lindinalva Maria da Silva, de 63 anos, come ossos e pele descartados de açougue. Com apenas R$ 21 ao dia para sobreviver, a aposentada diz que compra carcaças por R$ 3,70 o quilo e adiciona feijão para “dar gosto”.