Campanha de Lula abandona ‘genocida’ contra Bolsonaro e foca em outro termo

Equipe do candidato petista teme alta da rejeição na reta final para o segundo turno.

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A campanha de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem feito algumas alterações nos rumos que estão sendo tomados pelo ex-presidente durante seus discursos e no material que é exibido em propaganda de rádio e de TV. 

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Lula enfrenta Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno da eleição presidencial. No primeiro turno, Lula alcançou 57 milhões de votos, mas a campanha petista teme que 20% desses eleitores mudem de opinião no segundo turno. Apesar da vantagem de seis milhões de votos sobre Bolsonaro, a equipe de Lula sabe que a vitória não está confirmada.

No dia 30, cerca de 156 milhões de eleitores vão votar para presidente. Em alguns estados, como São Paulo e Rio Grande do Sul, haverá segundo turno do pleito para governador. Na campanha de segundo turno, a equipe de Lula vai focar em continuar atacando Bolsonaro, mas o termo usado vai mudar.

O atual presidente tem sido chamado de “genocida” devido à forma como conduziu o país durante a pandemia do coronavírus. Embora o termo ser aplicado incorretamente, já que a palavra genocida é refere-se a que ou quem perpetra ou ordena um genocídio, o que não foi feito pelo presidente. O Brasil registra mais de 680 mil mortes causadas pela Covid-19. A campanha do PT realizou pesquisa e identificou que grande parte do eleitorado não sabe o significado do termo.

A ideia agora é alterar a rota e mudar o termo “genocida” para “vagabundo”. O objetivo é focar na ideia de que Bolsonaro trabalha apenas quatro horas por dia. Cenas do presidente andando de jet sky são usadas para reforçar a imagem de que ele não gosta muito de trabalhar. Por outro lado, Lula será mostrado como um grande líder, que conta o apoio de diversos setores da sociedade.

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