Edir Macedo se prepara para ‘soltar a mão’ de Bolsonaro e jogar duplo com Lula, diz site

Num eventual segundo turno, bispos da Universal estariam liberados para votar em Lula, revelou reportagem.

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Uma reportagem publicada ontem, 15 de setembro, pelo jornalista Gilberto Nascimento, do site The Intercept Brasil, Edir Macedo, líder da Igreja Universal do Reino de Deus, estaria se preparando para soltar a mão de Jair Bolsonaro, ou seja, abandonar o apoio à reeleição do atual presidente.

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Um dos motivos: a provável vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Um bispo da Universal teria revelado ao site o conteúdo de conversas reservadas sobre este assunto. Ex-pastores e outros religiosos também teriam confirmado as conversas ao Intercept.

O que estaria sendo avaliado é a possibilidade de a eleição não ser decidida no primeiro turno. Então, caso vá para o segundo, a igreja faria acenos aos dois candidatos.

O segundo motivo, ainda conforme o site, seria o medo de Macedo em perder verbas publicitárias vindas do governo federal despejadas na Record TV, emissora que mais recebeu dinheiro no início do governo Bolsonaro (R$ 10,3 milhões em 2019).

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Com medo então de secar essa fonte, Macedo jogaria nos dois lados e liberaria bispos e pastores candidatos da igreja, então já eleitos, para pedir o voto de fiéis ao petista. Essa seria a estratégia do líder da Universal para ficar bem com qualquer um dos dois que vencer a corrida presidencial.

Universal se manifesta

A Universal se manifestou, através de seu site oficial, que o jornalista inventou apoio da igreja a Lula. “Desta vez, ele criou, em sua cabeça, a fantasia de que a Igreja pretende apoiar a candidatura do ex-presidente Lula.”

A nota ainda classificou a informação como “ridícula e mentirosa” e que “seria uma tentativa do PT de confundir os evangélicos”.

Para finalizar, a igreja disse que “um verdadeiro cristão jamais compactuará com as bandeiras esquerdistas” e sinalizou que poderá processar o jornalista e o site por tais afirmações. “Quanto a Gilberto Nascimento e aos pobres veículos que ainda dão espaço a ele, há um lugar pouco nobre reservado a eles na história. E nos tribunais também.”