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O cantor sertanejo e empresário Almir Matias da Silva, conhecido pelo nome artístico Almir Mattias, foi preso em Guarujá (São Paulo) em razão de uma operação deflagrada pela Polícia Federal para a investigação de fraudes na compra de respiradores para o tratamento de pacientes com Covid-19. A autoridade policial acredita que parte do dinheiro desviado da saúde tenha sido utilizado pelo artista para impulsionar a sua carreira musical. As penas que lhe são imputadas podem chegar aos 18 anos de reclusão.
Batizada de Operação Ar Puro, a investigação aponta que os respiradores foram adquiridos com recursos da União e eram proibidos pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), uma vez que não possuíam eficácia comprovada para o tratamento da doença.
A prisão de Almir Mattias aconteceu na manhã de quarta-feira (31). O cantor foi levado para a sede da Polícia Federal em Santos (São Paulo), sendo indiciado pelos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção ativa no contexto de organização criminosa.
Em maio, o Fantástico (TV Globo) chegou a noticiar as suspeitas que pairavam sobre o músico. À época, era acusado de desviar pelo menos 70% do orçamento destinado para a gestão dos serviços públicos de saúde do Município de Guarujá. Do montante de R$ 153 milhões repassados, o músico teria ficado com pelo menos R$ 109 milhões.
Na época, Almir Mattias chegou a publicar um comunicado em suas redes sociais, garantindo a sua inocência em meio às acusações. “Inúmeras ilações foram feitas a meu respeito, no entanto, estou seguro de ter tomado a decisão certa de ter denunciado as agruras que sofri como empresário. Certo de minha inocência e acreditando nas autoridades e principalmente na Justiça Divina, tenho a certeza que sairei com minha inocência provada”, diz um dos trechos de seu comunicado.