Morreu nesta última terça-feira, 19 de julho, a ex-advogada Jorgina de Freitas. Ela estava internada desde o mês de dezembro no Hospital Municipal Adão Pereira Nunes, após ter sofrido um grave acidente de carro. A instituição fica localizada em Duque de Caxias, Baixada Fluminense.
Jorgina de Freitas ganhou notoriedade após ser responsável por uma das maiores fraudes contra a Previdência Social. A procuradora previdenciária se envolveu em um esquema de desvio de verbas de aposentadorias. O rombo estimado pelo golpe foi de 500 milhões de dólares, segundo informação da Procuradoria Gerado do INSS. Posteriormente, a Advocacia-Geral da União disse que o desvio foi em torno de 2 bilhões de reais.
Jorgina de Freitas ficou conhecida no Brasil inteiro como a maior fraudadora do INSS. O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro condenou a ex-advogada a uma pena de 12 anos de prisão. Inicialmente, ela foi condenada a cumprir a pena em regime fechado, no mês de julho de 1992. Contudo, a fraudadora ficou foragida da Justiça até o ano de 1997.
Ela foi localizada na Costa Rica e extraditada ao Brasil no ano seguinte. Jorgina foi presa no mês de fevereiro de 1998 e o seu registro profissional acabou sendo cassado pela OAB – Ordem dos Advogados do Brasil, em 2001. No mês de julho de 2010, uma sentença expedida pela Justiça declarou a pena da fraudadora extinta. O alvará de soltura foi feito no mesmo mês e a ex-advogada ganhou liberdade.
Cirurgias plásticas e fuga por diversos países
Jorgina de Freitas ganhou destaque na mídia com a fuga, pois conseguiu ficar foragida por cinco anos. A mulher passou por diversos países e se submeteu a procedimentos para mudar a fisionomia e evitar ser reconhecida. Ela chegou a conceder uma entrevista à Rede Globo na época e negou ter envolvimento no esquema que fraudou a previdência.