Pedro Duarte Guimarães assumiu a presidência da Caixa Econômica Federal pouco tempo após a posse de Jair Bolsonaro. Depois disso, não demorou para que se tornasse um dos integrantes do governo mais próximos ao chefe do Executivo. Em meio à pandemia da Covid-19, época em que o governo precisava propagandear o auxílio emergencial para ajudar as famílias mais carentes do país, por exemplo, Pedro Duarte surgia constantemente nas tradicionais transmissões ao vivo do presidente da República das quintas-feiras.
Agora, de acordo com uma matéria do Metrópoles, já há algum tempo correm pelos bastidores do banco, que Guimarães coleciona diversos episódios envolvendo assédio sexual dentro da Caixa, contudo, nada havia avançado o suficiente a ponto de coloca a sua permanência no cargo à prova.
No entanto, no fim de 2021, um grupo de funcionárias decidiu romper o silêncio e, assim, denunciaram algumas situações das quais teriam sido vítimas. A coluna de Rodrigo Rangel colheu relatos de algumas das mulheres que denunciaram o presidente da Caixa. Elas afirmam terem se sentido assediadas por Guimarães em diversas ocasiões, sempre durante compromissos profissionais.
De acordo com a coluna, os relatos são fortes e as supostas vítimas falam em toques íntimos sem autorização, convites heterodoxos e abordagens inadequadas.
Após a denúncia desse grupo de mulheres foi aberta uma investigação para apurar o caso, que corre sob sigilo judicial no Ministério Público Federal.
Em um dos relatos, uma mulher diz que dependendo da proximidade que tem com algumas mulheres, o presidente da Caixa passa a se sentir uma espécie de dono delas, sendo assim, é comum ele pegar na cintura ou no pescoço. “Já aconteceu comigo e com várias colegas”, contou. Segundo a suposta vítima, Guimarães não reage muito bem diante de negativas. “Não sabe escutar não”, contou ela, ressaltando que quando Pedro Duarte escuta um ‘não’ passa simplesmente a ignorar a pessoa.