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Em 2019, a esposa de um fiel ficou revoltada com a Igreja Universal e decidiu entrar na Justiça. Ela alega que o marido fez uma doação, no valor de R$ 84 mil, sem falar nada com ela; por isso queria o dinheiro de volta.
E só recentemente a Justiça de São Paulo encerrou o caso, condenando a Universal a devolver todo o dinheiro para o casal, segundo informou o colunista Rogério Gentile, do portal UOL. No processo, a esposa do fiel alega que o sujeito chegou a vender o único carro da família, e todo o dinheiro foi transferido para a instituição religiosa, um total de R$ 18,8 mil.
Ainda segundo a esposa, poucos dias após doar o dinheiro referente à venda do carro, o homem fez mais uma doação, desta vez no valor de R$ 65,2 mil, sendo que este dinheiro foi retirado de uma aplicação em previdência privada que o casal economizou por muitos anos e com bastante sacrifício.
O advogado Evaldo da Cruz, que está representando a esposa do fiel, disse que o homem sofreu uma espécie de ‘lavagem cerebral’ na Igreja Universal. Ele ressaltou que, segundo o Código Civil, nenhum dos cônjuges pode fazer doações daqueles bens, que são comuns, sem que tenha autorização do companheiro ou companheira. A única exceção é quando estão juntos por regime de separação absoluta.
“O que se discute aqui é a maneira como certas denominações induzem os seus fiéis, em momentos de emoção ou fraqueza espiritual, a lhes fazer doações”, declarou o advogado.
A Igreja Universal disse, em sua defesa, que o homem sempre frequentou os cultos de livre e espontânea vontade e que a mulher demonstrou ‘intolerância religiosa’, por não respeitar a decisão do marido.