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Cientistas brasileiros se uniram para formarem uma comissão que acompanhará de perto todos os casos de varíola dos macacos, uma doença que vem se espalhando rapidamente pelo mundo.
Os cientistas já estão em alerta, principalmente agora que o número de vítimas vem crescendo e aponta para uma possível cadeia de transmissão atípica. Sete cientistas e a Câmara Técnica Temporária terão a tarefa de montar um plano para a rede de saúde, deixando o Brasil preparado para enfrentar os primeiros casos.
Apesar da preocupação, a virologista Giliane Trindade garante que não há motivo para pânico e que já é possível detectar o vírus assim que surgir algum caso suspeito.
“A gente está vendo o perfil de disseminação desse vírus por países da Europa, já chegou aos Estados Unidos, ao Canadá, em Israel. Então existe um risco iminente da entrada dele no Brasil”, revelou a virologista.
Até a noite desta última sexta-feira (20), já eram 143 casos notificados, sendo que boa parte se encontra no Reino Unido, Portugal e também Espanha. Mas o vírus já se encontra fora do continente europeu, por exemplo, Estados Unidos, Austrália e Israel já confirmaram os primeiros casos.
A Organização Mundial de Saúde divulgou uma nota informando que três casos confirmados no Reino Unido estão chamando a atenção dos especialistas, pois tudo leva a crer que a infecção pode ter sido no Reino Unido.
Os primeiros casos relatados na Europa se deram por relação entre homens que estavam infectados, por isso existe a hipótese de que as secreções nos contatos íntimos podem transmitir o vírus.