O mundo está em alerta com casos de varíola que tem se espalhado em vários países europeus. Mônica de Bolle, cientista brasileira, explicou, em seu perfil no Twitter nesta última sexta-feira, 20 de maio, o que é o mapeamento da sequência do genoma da enfermidade que ficou conhecida como varíola de macaco.
Mônica também é economista, mas atualmente trabalha na área de biomedicina, como uma das pesquisadoras da Universidade de Georgetown. Ela fez diversas postagens explicando sobre as informações importantes que vão poder ser retiradas do sequenciamento e os riscos da enfermidade se tornar um surto no mundo.
Canadá, Reino Unido, Portugal, Alemanha, Espanha, Estados Unidos já tiveram registro da enfermidade. A transmissão da doença não é tão simples, pois a pessoa precisa ter um contato próximo e direto com superfícies, animais ou pessoas que estejam contaminadas. Trata-se de um vírus de DNA, diferentemente do Sars-Cov-2, que é de RNA.
A cientista explicou que o rastreamento de contatos e isolamento de casos confirmados ou suspeitos são medidas eficientes na tentativa de conter a enfermidade. Com vários casos surgindo, o mundo está em alerta com receio de um surto de uma outra doença em meio a pandemia do coronavírus.
É possível que a varíola de macacos se torne uma nova pandemia?
No começo da pandemia do coronavírus, os especialistas tinham poucas informações sobre o vírus e sobre a facilidade que poderia ter em sofrer mutações. Afinal de contas, ninguém sabia como o vírus se comportaria. No caso da varíola do macaco, a cientista diz que não há essa possibilidade.
“Monkeypox não é um vírus novo como é o SARS-CoV-2. Ele pode até estar se adaptando melhor a nós, mas isso não é motivo para terror/pânico”, acredita a cientista. A pesquisadora ainda ressaltou que as vacinas existentes contra a varíola original são eficientes.