Depois de perder sua filha de 10 anos, Tawainna Anderson decidiu processar a rede social TikTok por tornar populares jogos perigosos na plataforma. Sua filha, Nyla Anderson, morreu em dezembro passado enquanto realizava o ‘desafio do apagão’.
Tawainna e seus advogados anunciaram que entraram com uma ação judicial na Filadélfia na última quinta-feira (12), segundo a rede local norte-americana 6ABC. A menina vivia com familiares no condado de Delaware.
O desafio incentiva os internautas a prender a respiração pelo maior tempo possível até desmaiar. O jogo culminou na morte de várias crianças e adolescentes em todo o mundo. A família quer entender sobre como o algoritmo da rede social permite que desafios perigos como este chegue até as crianças.
A empresa disse em comunicado que está sempre preocupada com a segurança de seus usuários, e exclui qualquer conteúdo referente a tais desafios. Além disso, o TikTok disse que o desafio foi lançado antes mesmo da plataforma existir, e que nunca foi um desafio criado pelo TikTok.
De fato, pesquisas conduzidas pelos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA, mostram que, entre 1995 e 2007, 82 pessoas morreram em um desafio similar. As redes sociais acabaram popularizando esse desafio. Entre 2000 e 2015, um levantamento da CDC calcula que cerca de 1.400 crianças e adolescentes morreram acidentalmente por asfixia ou estrangulamento, mas isso não está diretamente relacionado ao ‘desafio do apagão’.
Com tantas mortes, uma associação nos Estados Unidos chamada GASP (Games que jovens não devem jogar, em inglês), foi formada para tentar acabar com esses desafios. Esta entidade busca promover a conscientização sobre os perigos dos jogos e desafios que envolvem a asfixia.
Por se tratar de um processo civil, a intenção original é buscar indenização da rede social pela morte da menina. Os advogados não informaram qual o valor que buscam no processo.