As Forças Armadas do Brasil autorizaram a compra de mais de 35 mil comprimidos de sildenafila, vendida comercialmente pelo nome de Viagra. O processo de licitação tem como previsão de compras unidades de 25mg e 50mg. O presidente da República, Jair Bolsonaro, falou pela primeira vez sobre a polêmica.
Primeiramente, o Ministério da Defesa divulgou que a medicação, que é usada comercialmente como tratamento de disfunção erétil, deverá ser empregado para o tratamento de militares que tem Hipertensão Pulmonar Arterial, sendo aprovado pela Anvisa.
O portal de notícias do G1 ouviu especialistas no assunto, os quais apontaram que essa é uma doença incomum e que essa licitação prevê a aquisição de comprimidos que tem as doses indicadas para o tratamento da disfunção e não para o problema pulmonar.
Bolsonaro fala sobre a compra de Viagra
O presidente esteve na manhã desta quarta-feira (13) em um café da manhã na companhia de ministros, pastores evangélicos e parlamentares, no Palácio da Alvorada. Na ocasião ele falou sobre a polêmica do assunto, dizendo que as Forças Armadas estão sofrendo ataques por conta desse ato, criticando a imprensa que notificou o assunto.
A fala do presidente que foi transmitida por um deputado, diz inicialmente que o Viagra vai ser usado para o tratamento de HPA e doenças reumatológicas. Em seguida disse o seguinte: “foram trinta e poucos mil comprimidos para o Exército, 10 mil para a Marinha e eu não peguei da Aeronáutica, mas deve perfazer o valor de 50 mil comprimidos. Com todo o respeito, isso é nada…”.
Foi dito ainda que essa quantidade é para o efetivo das três Forças, que certamente é muito mais usado pelos funcionários que estão inativos ou que são pensionistas.
Especialistas contestam dose de Viagra licitada
De acordo com o médico Marcelo Bandeira, que é da Sociedade Brasileira de Cardiologia, 25 mg, a qual consta na licitação, é para o uso de disfunção. Somente quando há a falta da unidade de 20 mg, é que a Sociedade Brasileira de Cardiologia, autoriza a utilização de doses maiores, como as de 25 e 50 mg, que foram licitadas.