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Um caso de racismo ocorrido em um condomínio situado em Águas Claras chamou a atenção pelos xingamentos proferidos por um morador do residencial a um funcionário do local. Pedro Maffia Gaudêncio teria xingado Bruno Barbosa Viana de “macaco”, “urubu” e “preto burro“.
Pedro, após ser julgado pelas palavras ditas a Bruno, foi condenado por injúria qualificada e ameça, tendo pena decretada de 1 ano e 1 mês de reclusão.
Conforme a sentença, publicada nesta quinta-feira, 07 de abril, Pedro teria solicitado a chave da área de conveniência do Condomínio Acqua Village para o funcionário Bruno, que trabalhava como administrador do edifício.
Revoltado pelo fato da chave não estar disponível naquele momento para ele poder ir ao local, o morador do condomínio acabou ofendendo Bruno com xingamentos racistas, além de ameaçá-lo, dizendo ao funcionário que ele iria “acordar com a boca cheia de formiga”, referindo-se a um cadáver.
Em sua defesa frente à Justiça, Pedro confirmou o desentendimento com Bruno, porém, também disse ter sido atacado com “xingamentos recíprocos”. Ele também negou ter se referido à cor de Bruno.
Embora tenha sido condenado à pena de detenção, Pedro não deve cumprir a pena em reclusão, visto que o juiz da 1º Vara Criminal e do Tribunal do Júri de Águas Claras, Wellington da Silva Medeiros, converteu a sentença em penas alternativas. Esta conversão é prevista na legislação brasileira, para casos onde o réu não possui antecedentes e quando os crimes não foram cometidos de forma violenta.