Humildes crianças com câncer vão a fast-food pela primeira vez na vida, mas são humilhadas por gerente da loja

O caso foi denunciado pela administradora Renata Medeiros, responsável pelo projeto de acolhimento aos pacientes.

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A administradora Renata Medeiros, de 48 anos, relatou um suposto episódio de discriminação que teria presenciado em face de crianças com câncer em uma rede de fast-foods localizada na Zona Leste da cidade de Belo Horizonte (Minas Gerais). Em entrevista ao portal BHAZ, a mulher afirma que foi ao estabelecimento para comemorar o seu aniversário, acompanhada pelos pacientes que fazem parte de um projeto do qual participa. Todavia, no local, os convidados teriam sido tratados de forma grosseira pelo gerente.

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“No dia 30 foi o meu aniversário, e como eu tenho esse projeto social que atende pessoas com câncer, eu escolhi comemorar com as crianças em tratamento”, iniciou Renata, afirmando que a ida à lanchonete foi um pedido dos próprios meninos, haja vista que muitos jamais haviam comido qualquer tipo de lanche.

Quando estava na fila para fazer o seu pedido, a administradora percebeu uma funcionária do local hostilizando as crianças e suas mães por conta das mesas terem sido juntadas, a fim de que todos ficassem acomodados na companhia um dos outros. . “Cheguei lá e ela estava chamando a atenção das mãezinhas porque elas juntaram as mesas. Mas ela não foi educada, já chegou xingando”, recordou.

Para acalmar os ânimos, Renata propôs retornar com as mesas aos seus devidos lugares, mas a proposta não bastou. Segundo ela, novos constrangimentos foram disparados pela funcionária, a qual lhe ameaçou de responsabilização “caso acontecesse alguma coisa”, tendo em vista que as câmeras do circuito interno de segurança haviam monitorado toda a situação.

‘E essas pessoas?’

Depois que a questão da mesa foi resolvida, uma nova retaliação veio por parte da funcionária, desta vez por conta do refil de refrigerante. Na lanchonete, os clientes poderiam consumir toda a bebida que quisessem, pelo prazo de 30 minutos. Todavia, Renata recorda que a gerente reclamou da presença da criança, uma vez que iriam beber “todo o refrigerante da máquina”.

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Irritada, a administradora ressaltou que, caso fosse preciso, compraria todo o refrigerante necessário, ao passo que presenciou novas cenas de discriminação por parte da funcionária. “Quando eu disse que já tinha ido no shopping e que sabia como funcionava o refil, ela disse: ‘Você tudo bem, mas e essas pessoas?’. Quando ela falou isso foi muito pesado, pois ela estava lidando com crianças e crianças muito humildes”, lamentou.

Para comemorar o seu aniversário, Renata também preparou um bolo, mas ficou com receio de cantar “parabéns”, tendo em vista o clima hostil que havia sido instaurado. Por essa razão, indagou a funcionária sobre a possibilidade, ao passo que teria recebido uma nova má resposta. “Agora que você já estragou meu dia, você faz o que quiser”, recordou.

Em nota, a franquia de fast-foods diz que busca contato com a consumidora para que a situação seja resolvida. Renata, por sua vez, ainda não protocolizou nenhum boletim de ocorrência, mas segue com o sentimento de revolta diante do tratamento preconceituoso em face dos garotos.