Na sexta-feira (25/2), dia em que o Conselho de Segurança da ONU votará uma resolução de condenação ao ataque da Rússia à Ucrânia, embaixadores em serviço no território brasileiro reuniram a mídia nacional para manifestar insatisfação com a posição do Brasil referente ao ataque da Rússia, e pediram forte condenação.
Ignacio Ybañez, embaixador da União Europeia, afirmou que o governo brasileiro tem uma enorme responsabilidade, por ser membro do Conselho de Segurança. Heiko Thoms, atualmente embaixador da Alemanha, disse que é necessária uma condenação clara e que seja unânime de todas as nações que compõem a ONU, incluindo o Brasil.
O embaixador do país atingido, Anatoly Tkach, agradeceu aos países que já de declararam publicamente contra guerra. Na quinta-feira, os Estados Unidos colocou pressão sobre o governo brasileiro sobre usa posição.
Os embaixadores defenderam as sanções econômicas impostas à Rússia e destacaram a importância da solidariedade internacional, e deixaram claro que estão incomodados com a posição ambígua do Brasil até agora. Hamilton Mourão, vice-presidente do Brasil, chegou a dizer nesta quinta-feira (24/2) que o país não era neutro e denunciou a agressão russa, que foi posteriormente vetada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL).
A posição do Brasil contra a guerra não é clara para as outras nações, tem sido vista como ambígua desde a visita de Bolsonaro à Rússia. O presidente do Brasil se encontrou com Putin em Moscou em 16 de fevereiro e disse que o Brasil estava solidário com o país que estava prestes a entrar em guerra.
Em nota sobre a invasão da Ucrânia, divulgado na manhã desta quinta-feira, o Itamarati informou que o Brasil estava gravemente preocupado com a ação militar da Rússia contra seu vizinho e pediu uma cessação imediata das hostilidades no país. Mais cedo, nesta quinta-feira, Hamilton Mourão, deixou claro que o Brasil não apoia a invasão do país russo.