A cidade de Petrópolis registrava quase 200 mortes nesta quarta-feira (23) em decorrência da chuva que caiu na semana passada. No dia 15, terça-feira, choveu bastante na Cidade Imperial. O resultado foi devastação, deslizamentos, desmoronamentos e mortes.
O Corpo de Bombeiros continua trabalhando em busca de desaparecidos. As chances de encontrar alguém com vida são praticamente remotas. Cerca de 60 pessoas estão desaparecidas. Os familiares mantêm uma pequena esperança.
Em meio à tragédia e as histórias de luto, há também histórias que tiveram finais felizes. Este é o caso de Gilda, que trabalhava em uma clínica odontológica na rua Teresa, principal ponto comercial da cidade da Região Serrana do Rio de Janeiro.
Ela estava na clínica quando um morro atrás do prédio deslizou. As paredes atingidas não resistiram e desabaram. Gilda ficou debaixo dos escombros. De lá, ela gravou vídeo com o celular em que aparece gritando. “Gente, a gente tá preso aqui. Socorro”, dizia.
Gilda também gravou o áudio com o conteúdo que aparece na imagem abaixo, em que pedia socorro. A mulher foi retirada dos escombros e contou detalhes em entrevista à TV Globo. Ela disse que machucou pernas, braços e ficou presa entre a pia e as coisas que caíram do telhado.
Gilda foi resgatada com vida, mas Cecília Lima Fiorese, que atuava como gerente no local, não teve a mesma sorte. A mulher de 40 anos foi na copa pegar um café quando tudo desabou. Ela morreu e deixou marido e filho de 6 anos. Cecília tinha o mesmo nome da avó materna, que morreu em situação parecida na cidade, em 1971.