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Cecília Lima Fiorese morreu após desabamento da clínica onde trabalhava, na rua Tereza, em Petrópolis. A morte de Cecília já havia chamado a atenção por ter acontecido 50 anos depois da morte da avó, vítima das chuvas em Petrópolis em 1971. Cecília recebeu esse nome em homenagem à avó, morta dez anos antes de ela nascer.
Neste domingo (20), o programa Domingo Espetacular, da Record TV, entrevistou o marido e a irmã de Cecília, Alessandro de Araújo Dutra e Camila Lima Fiorese. Eles contaram detalhes do falecimento da mulher de 40 anos, que deixou um filho. Cecília registrou os últimos momentos de vida em seu celular.
O aparelho foi encontrado intacto no local do desabamento. Nele, Cecília gravou vídeo da enchente na rua. A irmã, Camila, afirmou que conversou com pessoas que orientaram Cecília, mas ela decidiu permanecer no prédio porque não sabia para onde ir.
“Comecei a ter acesso a um tanto de pessoa que falou com a minha irmã, orientando”, disse Camila. Cecília dizia que não podia sair do local por causa da enchente na rua. Alessandro, muito emocionado, trocou mensagens com a esposa e falou para ela que um morro havia desabado próximo da clínica.
Último áudio de Cecília
No celular de Cecília, a família encontrou um áudio enviado por ela. “Só queria ir pra casa, não queria ficar agarrada pra sempre. Vamos ver que horas que vai liberar, né? Mas, tá tranquilo”, disse Cecília. Em parte do áudio, ela parece dar risada, mostrando que realmente estava tranquila com a situação. Momentos depois, o prédio desabou e ela não resistiu. Além dela, outro corpo foi encontrado no local, de Maria Graças Tomás Coelho.