Gizelia de Oliveira Carminate, de 36 anos, mora em Juiz de Fora (MG). Ao saber que a casa onde a filha estava, em Petrópolis, havia desabado com as chuvas, ela viajou de Minas para o Rio. No local do desabamento, Gizelia chamou a atenção.
Desesperada para salvar a filha, a mulher usou as mãos e uma enxada para tentar tirar Maria Eduarda Carminate de Carvalho, 17 anos, debaixo dos escombros. Ao RJ1, da TV Globo, ela afirmou que estava perdendo as esperanças de encontrar a filha com vida.
“Duda, Duda, Duda”, gritava ela. A adolescente de 17 anos estava na casa da madrinha, Tânia Leite Carvalho, de 55 anos, e a neta de Tânia, Helena, de 1 ano e 11 meses. Na foto abaixo, Tânia está com Helena no colo. Horas depois da cena comovente de Gizelia procurando pela filha, a confirmação da morte foi feita.
Os corpos de Tânia, Maria Eduarda e Helene estavam no sofá. As três estavam abraçadas. Emocionada ao receber a confirmação do falecimento da filha, Gizelia desabafou e elogiou a filha. “Minha filha era a coisa mais linda que tem no mundo. Te juro por deus. Uma princesa, 17 anos”, disse a mulher.
Número de mortos se aproximava de 100
O Corpo de Bombeiros e a prefeitura de Petrópolis confirmavam 94 mortos por volta das 22h desta quarta-feira. Dezenas de pessoas estão desaparecidas em diversas regiões da cidade da Região Serrana. Durante a madrugada, as buscas devem ser diminuídas, mas não encerradas totalmente. Pela manhã, com a ajuda da luz do sol, as buscas continuarão a todo vapor. Há muita gente procurando por entes queridos que estão desaparecidos.