Em novo depoimento, Monique expõe momentos de violência e diz que existia um ‘ritual’ entre ela e Jairinho

Monique Medeiros, mãe do pequeno Henry Borel, morto no dia 8 de março de 2021 sob circunstâncias suspeitas, prestou novo depoimento nesta quarta-feira (9) para a juíza Elizabeth Machado Louro, da 2ª Vara Criminal da Capital, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Ela e seu marido, conhecido como vereador doutor Jairinho, são réus no processo que os acusa de serem os responsáveis pela morte da criança.

Durante o interrogatório, Monique afirmou que falaria somente a verdade do que, de fato, aconteceu naquele fatídico dia que terminou com a morte de seu próprio filho.

A mãe de Henry foi direta e detalhista em suas palavras. Relatou momentos de extremo ciúmes e episódios de agressões por parte de Jairo Souza Santos Junior, o Jairinho. Monique chegou, inclusive, ter sido enforcada por ele em algum momento.

Além disso, Monique afirmou que as brigas entre o casal eram constantes, como a empregada da casa havia relatado em seu primeiro depoimento. Segundo ela, os momentos de trégua nas discussões só ocorriam durante o que ela chamou de “ritual”, que acontecia durante a intimidade do casal.

Em determinados pontos do interrogatório, a mãe de Henry chorou enquanto relembrava o dia da morte do filho.

Antes de ser ouvida, Jairinho já havia dado seu novo depoimento e negou ter cometido qualquer tipo de agressão contra o enteado. A pedido da defesa do ex-vereador, a sessão não foi transmitida ao público.

Esta é a quarta audiência em que Monique e Jairinho prestam esclarecimentos sobre os acontecimentos do dia 8 de março de 2021. Ambos são réus pela morte do menino Henry Borel, de apenas 4 anos de idade.