Loja montada, atendimento de excelência, preços competitivos, estratégia de marketing sólida e muita vontade de vender. Parece uma fórmula infalível para vendas bem-sucedidas, mas muitas vezes, desentendimentos com fornecedores e logística ruim podem sabotar todo trabalho árduo para fazer o negócio decolar.
Para agravar ainda mais o cenário, a pesquisa Indicador de Atividade da Micro e Pequena Indústria do Estado de São Paulo, divulgada no último dia 18 revelou que a alta dos preços tem afetado 50% das pequenas indústrias o estado de São Paulo, resultando na escassez de matéria-prima para algumas áreas, o que pode impactar lojas em todo país.
Para não arriscar perdas, é preciso pesquisar e investir em uma boa imagem para o negócio, de acordo com o especialista em vendas Cássio Canali. O empresário e influencer gaúcho é consultor em e-commerce sem estoque (dropshipping) e garante que o cuidado nas negociações com fornecedores pode evitar muita dor de cabeça.
1. Pesquisa
Um dos primeiros passos é buscar informações sobre os fornecedores com quem deseja trabalhar. De acordo com Cássio Canali, é essencial buscar avaliações ou opiniões de clientes sobre o fornecedor antes do primeiro contato. Entre as referências que podem ajudar a entender mais sobre a empresa estão a qualidade dos produtos, cumprimento de prazos, preços e atendimento. “Sempre analise como este fornecedor lida com as reclamações no reclameaqui e mídias sociais, por exemplo”, destaca Cássio.
2. Credibilidade
Agora que o perfil do fornecedor já foi devidamente checado é hora de investir na imagem da sua empresa. Cássio Canali sugere que o comportamento assertivo pode ajudar empresários inexperientes a fecharem negócio com empresas consolidadas no mercado. Um exemplo é detalhar as estratégias de venda: “Fornecedores não estão preocupados com o que ‘você é’ e sim no que você pode fazer por eles. Você pode se apresentar, por exemplo, como profissional de vendas online e informar que nos próximos dias estará selecionando alguns produtos específicos para fazer um investimento alto em tráfego orgânico e também pago nos principais sites de vendas. E esse investimento nem precisa ser monetário inicialmente, mas do seu tempo”, explica.
3. Planejamento
Quando pensamos em planejamento, imediatamente nos lembramos de elaborar estratégias para que todos os passos logísticos corram bem. No entanto, o empresário lembra que boa parte do planejamento ocorre com a previsão de problemas e medidas de redução da danos. Para evitar surpresas desagradáveis, ele sugere estabelecer um modelo de comunicação constante e eficiente com fornecedores. “É importante pedir para o fornecedor avisar via lista de transmissão no WhatsApp quando o nível do estoque estiver baixo de determinado item para ser pausado os anúncios antes de zerar o estoque.”
4. Comunicação
Cássio Canali destaca que os principais problemas de logística envolvendo fornecedores vêm do desabastecimento de produtos e do atraso no envio de mercadorias. No caso de atrasos, o empresário pode optar por estabelecer um prazo de disponibilidade de estoque maior do que o prometido pelo fornecedor como margem de segurança.
5. Modelo Nacional
Para a modalidade de e-commerce por dropshipping (vendas sem estoque), a busca deve ser fornecedores que ofereçam produtos nacionalizados com estoque no Brasil. Cássio lembra que o modelo do dropshipping é o único que torna possível vender em sites já populares como o Mercado Livre e Shopee, uma vez que não impacta no tempo de entrega para o consumidor final. “Também é uma grande vantagem por ser a única forma 100% legal de se ter um negócio via dropshipping comprando produtos nacionais com nota fiscal de entrada e emitindo nota fiscal de saída”, garante.