Caso Moïse: dono de quiosque nega dívida de R$ 200 e diz que não conhece agressores

Jovem congolês de 24 anos foi espancado até a morte após cobrar dívida, segundo a família.

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O dono do quiosque Tropicália, na Barra da Tijuca, onde o jovem Moïse Mugenyi Kabagambe, de 24 anos, foi morto, se pronunciou através de seus advogados. A morte de Moïse está repercutindo nas redes sociais. Muita gente ficou revoltada com o ocorrido.

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Quatro ou cinco homens participaram do espancamento ao congolês. Moïse teria ido ao quiosque cobrar R$ 200 referentes a duas diárias de trabalho. No local, o jovem passou a ser agredido e tudo foi registrado por uma câmera de segurança.

Defesa do dono do quiosque se manifesta

A defesa do dono do quiosque Tropicália se manifestou após o ocorrido. A alegação é de que o proprietário do estabelecimento nega que haja dívida de R$ 200. De acordo com a família de Moïse, o jovem foi cobrar duas diárias de trabalho que havia realizado no local.

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O dono do Tropicália também afirma que não conhece o homem que se apresentou à polícia na terça-feira (1º), nem os demais que aparecem nas imagens agredindo o congolês. Segundo a defesa, o proprietário estava em casa. Havia apenas um funcionário trabalhando no quiosque.

De acordo com laudo do IML, Moïse recebeu cerca de 30 pauladas, além de chutes e socos. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) acompanha a família do rapaz. Moïse foi morto no dia de 24 de janeiro e sepultado no domingo (30). Familiares e amigos participaram da cerimônia fúnebre e lamentaram o falecimento do rapaz que chegou ao Brasil em 2014. Ele e a família fugiam da guerra e da fome no Congo, um dos países mais pobres do continente africano.