Caso Moïse: três suspeitos são presos pelo assassinato de congolês; órgão da ONU pede providências

Um dos suspeitos se apresentou à polícia e os outros dois foram localizados por agentes policiais.

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Três pessoas suspeitas pelo assassinato do congolês Moïse Kabagambe foram presas nesta última terça-feira (1). Os acusados serão indiciados pelo espancamento que resultou na morte do rapaz em um quiosque localizado na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.

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O primeiro dos suspeitos é Alisson Cristiano Alves de Oliveira, de 27 anos, que se apresentou de forma voluntária na 34ª Delegacia de Polícia do Rio de Janeiro, que fica no bairro de Bangu. O segundo suspeito foi encontrado na casa de parentes no bairro Paciência, Zona Norte da cidade. Ele foi identificado como Fábio Silva, sem informar a idade.

Segundo o portal de notícias do G1, Fábio confessou que deu golpes de paulada no rapaz. Já o terceiro suspeito pelo assassinato de Moïse não teve a identidade divulgada pela Polícia.

Órgão da ONU pede providências sobre caso Moïse

A Coalização Negra por Direito fará nesta quarta-feira (2) uma denúncia junto ao Comitê para a Eliminação da Discriminação Racial da ONU. A pasta pedirá providências a respeito do crime contra o congolês. No documento serão elencados os possíveis crimes cometidos contra ele, como xenofobia e racismo.

Um dos coordenadores dessa coalizão, Douglas Belchior, diz que a ONU será conivente ou cúmplice, caso não se posicionar, segundo suas próprias palavras. O ativista diz que o mundo precisa saber que o Brasil é um país racista que amarra os pés e as mãos de uma pessoa negra, depois a espanca e mata a pauladas.

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Caso Moïse

O congolês Moïse Kabagambe foi encontrado sem vida próximo de um quiosque na Barra da Tijuca, área nobre do Rio de Janeiro, no dia 24 de janeiro. A família conta que ele trabalhava naquele local e foi espancado por cinco homens após fazer a cobrança de salários que estavam atrasados.