Gael Aguiar da Silva, de 1 ano e 3 meses, morreu após testar positivo para Covid-19, e os familiares estão revoltados com a lentidão no atendimento da criança. A família mora na Vila Kennedy, Rio de Janeiro, e o menino precisou ser internado no dia 17 deste mês no Hospital Albert Schweitzer, que fica em Realengo.
A família conseguiu uma autorização da Justiça para que a criança fosse transferida para outra unidade de saúde onde conseguiria ter tratamento especializado, mas demorou muito para liberarem um leito e o pequeno paciente acabou vindo a óbito.
O menino teria testado positivo para Covid-19 durante a internação, mas a causa da morte ainda não foi confirmada. A mãe do garotinho, Jéssica Aguiar dos Santos, disse que o filho teve febre repentina e, por isso, o levou ao Albert Schweitzer, mas os médicos disseram ser só uma infecção intestinal e que a criança poderia voltar para casa.
Como o bebê não melhorou, Jéssica levou o filho novamente ao hospital, onde foi informada ser uma virose e, novamente, foi liberada para voltar com o filho para casa. Mas Gael piorou e mais uma vez foi levado ao hospital, e os médicos teriam dito que ele não precisaria ficar em observação.
Em menos de dez dias a criança ficou com a barriga inchada e pela quarta vez foi levado ao Albert Schweitzer, sendo finalmente internado, mas já apresentando alterações no fígado.
Depois de um dia de internado, a criança testou positivo para Covid-19 e foi transferido para o CTI. A família foi avisada que o bebê deveria ser transferido para um hospital com leito de emergência pediátrica.
“A essa altura, ele tinha, pelo que nos falaram, suspeita de leucemia e de hepatite, além da questão da Covid-19. Mas, apesar da necessidade que os próprios profissionais anunciaram, não se mexeram para fazer a transferência. É um absurdo“, reclamou a tia do menino que procurou a Defensoria Pública e conseguiu uma autorização judicial.
Foi preciso acionar a polícia para que o garotinho fosse transferido, mas ele acabou vindo a óbito nesta última segunda-feira, após sofrer três paradas cardíacas.