Carlos Alberto Gomes, pai de Arthur, de apenas 2 anos, viu sua vida mudar de maneira drástica após vivenciar uma tragédia. Na última sexta-feira (7), o menino faleceu após engasgar com uma tampinha de água mineral enquanto estava na companhia do pai. Carlos, que é delegado, levou o filho ao hospital assim que percebeu algo de errado com a criança.
De acordo com uma carta escrita pelo pai do menino, o socorro da equipe do SAMU teria demorado cerca de 30 minutos. Quando foi identificada a obstrução e retirada a tampa da garrafa, Arthur já teria ido à óbito. Segundo Carlos, ele teria feito de tudo para salvar a vida do filho.
O drama do delegado ainda aumentou quando ele começou a receber acusações de negligência por parte da família materna do filho. Em um trecho da carta divulgada à imprensa, Carlos Alberto afirma que está em tratamento psiquiátrico após a tragédia por não conseguir lidar com o luto e as acusações, e que demorou a se manifestar devido ao desgaste emocional.
“Foi uma tragédia que eu não desejo a nenhum pai ou mãe“, desabafou o delegado, que disse ainda ter que lidar com comentários de pessoas nas redes sociais que o chamam de assassino diariamente. O pai de Arthur deixou de comparecer ao velório do filho por afirmar estar sendo vítima de ameaças.
O delegado ressaltou que a dor maior é ter que provar que não matou o próprio filho, que teria falecido em seus braços. Carlos deixou claro que não houve falta de atenção em relação a Arthur, que estava sendo monitorado pelo pai enquanto brincava na cozinha.