No mesmo dia em que entrou em vigor um novo aumento no valor dos combustíveis, o presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), reafirmou que não consegue ter controle sobre a política de preços usada pela Petrobras e, inclusive, chegou a sinalizar o seu desejo de privatizar a estatal petrolífera.
O chefe do Executivo disse ter pessoas pensando que ele é o “malvadão” por aumentar o preço dos combustíveis, mas que, na verdade, ele nem ao menos tem controle sobre isso. “Se pudesse, ficaria livre da Petrobras”. As declarações foram feitas por Bolsonaro nesta quarta-feira, 12, em entrevista à Gazeta Brasil.
Vale destacar que esta não é a primeira vez que o presidente sugere que o Governo Federal abra mão da Petrobras.
Um dia antes da declaração de Bolsonaro, a Petrobras informou o aumento nos preços do diesel em refinarias em 8 % a partir de quarta-feira, 12. A gasolina vendida às distribuidoras, por sua vez, teria um aumento de 4,85% em média.
Com os novos aumentos, o diesel passa para R$ 3,61 por litro e a gasolina para R$ 3,24 por litro. Vale destacar que o preço nos postos ainda vai depender de margens de distribuidores e tributos.
Bolsonaro afirma que as medidas que vêm sendo tomadas pela estatal levam muito em conta fórmulas do passado, como é o caso da paridade internacional do preço dos combustíveis.
Nesta quarta-feira, 12, o nome de Bolsonaro também se tornou notícia após o presidente minimizar a variante Ômicron. Bolsonaro disse que esta variante do coronavírus tem letalidade muito pequena e, inclusive, chegou a dizer que ela seria bem-vinda no país.