Era para ter sido um final de tarde tranquilo e agradável, mas acabou se tornando um acontecimento trágico e traumático para crianças e seus pais. Um garoto de apenas oito anos, que estava empurrando os coleguinhas em um brinquedo pesado, de ferro, conhecido popularmente como vai e vem, acabou escorregando e atropelado pelo equipamento.
A criança sofreu uma fratura exposta na perna esquerda. O fato aconteceu no começo do mês de novembro, na Praça Cacilda Becker, que fica na Urca, no Rio de Janeiro. A família da vítima contou que foram cerca de 18 horas até que o menino conseguisse ser operado. Além de todo o problema, ele teve complicações e sofreu uma infecção por bactérias, sendo necessário retornar ao hospital alguns dias depois.
O menino vai precisar ficar internado por mais três semanas para se recuperar. Na praça, há apenas uma placa com a informação de que o brinquedo é para menores de 10 anos. Não há nenhum tipo de alerta informando que o equipamento é adaptado para cadeirantes e nem sobre os cuidados a serem tomados no uso.
Os familiares da vítima já contrataram um escritório de advocacia e vai entrar com duas ações judiciais; uma contra prefeitura, alegando falta de segurança e informação sobre o uso do brinquedo, outra contra a Unimed, devido à demora na transferência da criança do hospital municipal até a unidade particular.
A empresa responsável pela fabricação retirou o brinquedo da pracinha antes de ter sido feito uma perícia. O pai da criança, o professor de sociologia, que preferiu não ter a identidade revelada, desabou sobre o acidente: “O meu filho poderia ter perdido o pé, que ficou pendurado. Vai ser uma recuperação lenta, sofrida, dolorosa, mas, graças a Deus, vai dar certo”. O professor ressaltou, ainda, o fato de ter levado 18 horas entre o acidente e o procedimento cirúrgico do filho.