O caso Padre Robson voltou a ganhar repercussão na mídia após a Polícia Federal enviar para o STJ – Superior Tribunal da Justiça – um pedido de prisão contra o religioso. Ele estava sendo investigado por suspeita de desvio de dinheiro da Associação Filhos do Pai Eterno, em Trindade, Goiás.
Padre Robson sempre negou todas as acusações sofridas. A defesa do religioso se pronunciou e disse que os fatos usados para solicitar a prisão são antigos e que não justificam o pedido. Além disso, os defensores fizeram uma representação contra a solicitação feita pelos agentes federais.
Através de um comunicado, o Supremo Tribunal de Justiça informou que não divulga informações sobre ações originárias em segredo de Justiça, pois pode prejudicar o andamento das investigações. A investigação contra o religioso teve início quando era reitor do Santuário Basílica do Divino Pai Eterno. Padre Robson é acusado de desviar mais de R$ 100 milhões. O dinheiro é oriundo das doações realizadas pelos fiéis da igreja. De acordo com o Ministério Público, a quantia teria sido usada para comprar casa na praia, fazendas e até mesmo um avião.
Durante as investigações do MP, foram encontrados áudios com conversa entre o religioso e dois advogados sobre um suposto pagamento de propina de mais de 1 milhão de reais, cuja destinação seria desembargadores do TJGO. O objetivo era ter uma decisão favorável em um processo.
Depois que os áudios foram divulgados, a investigação foi encaminhada para o STJ. No mês de outubro do ano passado, o processo de investigação foi interrompido, pois o TJ entendeu que os crimes apontados pelos promotores não estavam presentes no processo.
A operação, que recebeu o nome de ‘Vendilhões ‘, teve início após supostas extorsões realizadas por hackers contra o padre Robson. As extorsões seriam baseadas em um suposto relacionamento amoroso que o religioso não queria que fosse divulgado.