Menina negra de 10 anos é presa após desenhar aluno que praticava bullying

Segundo o advogado da família, o pai de um dos alunos da escola ficou chateado e exigiu a presença da polícia.

PUBLICIDADE

Uma menina negra de apenas 10 anos foi presa em uma das escolas de Oahu, no Havaí. Isso depois que a garota fez um desenho de outro aluno, que estava praticando bullying contra ela. O desenho da menina acabou não sendo bem aceito pelos pais de outro estudante, que acabaram optando por contatar a polícia.

PUBLICIDADE

Tudo aconteceu em janeiro de 2020 e, agora, a ACLU (União Americana pelas Liberdades Civis, em tradução livre) está movendo uma ação, pedindo uma indenização, à família da menina, de US$ 500 mil – R$ 2,8 milhões em moeda brasileira na cotação atual.

Segundo a carta da ACLU, a garota foi algemada na frente dos colegas, interrogada pelas autoridades em uma delegacia por pelo menos quatro horas, e tudo aconteceu sem que os policiais ou a escola alertassem a mãe. A menina ficou com marcas nos punhos, por conta das algemas, e acabou mudando de estado.

“Não houve compreensão em relação à diversidade, à cultura afro-americana e ao envolvimento da polícia com jovens negros”, escreveu na carta, ressaltando ainda: “Eu e minha filha estamos traumatizadas com o ocorrido”.

PUBLICIDADE

O pedido foi formalizado na última segunda-feira, 18, por meio de uma carta enviada ao Departamento de Educação do Estado e ao Departamento de Polícia de Honolulu. Além da indenização, foi destacado que a escola é proibida de contatar a polícia, a menos que haja uma “ameaça iminente” a outra pessoa.

De acordo com informações contidas no documento, a garota possui Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), e estudava na escola Honowai Elementary. O advogado da família, Mateo Caballero, afirmou à HawaiiNewsNow que o pai de um dos alunos, que recebeu o esboço, ficou chateado e, por isso, exigiu que a polícia fosse chamada. Ao comentar sobre o caso, o advogado destaca que a menina não levou arma nenhuma para a escola e, inclusive, não fez ameaças explícitas contra ninguém.