CPI da Pandemia: Renan Calheiros fará leitura do relatório nesta quarta (20); Bolsonaro será citado

Além do presidente, outras 71 pessoas deverão ser indicados pelo senador. O texto será votado na terça-feira (26).

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A Comissão Parlamentar de Inquérito que apura as ingerências dos setores público e privado durante a Pandemia de Coronavírus está chegando ao fim após quase seis meses de trabalho dos senadores.

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Peça fundamental da engrenagem, Renan Calheiros (MDB-AL) é o responsável pela leitura do relatório da CPI e iniciará na manhã desta quarta-feira (20), por volta das 10h, a exposição do texto que deve indiciar cerca de 70 pessoas.

Destas pessoas, estão inclusos agente públicos como o presidente Jair Bolsonaro e duas empresas. Ao todo, Calheiros imputou aos citados 24 crimes. A expectativa é que a leitura seja finalizada ainda na quarta-feira para que a votação seja possível já na próxima terça-feira (26).

Com mais de mil páginas, o relatório elaborado pelo senador alagoano precisa de seis votos para ser aprovado, mas conforme disse o vice-presidente da CPI, o senador Randolfe Rodrigues (REDE-AP), o chamado G7, grupo majoritário, deverá votar unido, o que é mais que suficiente para a aprovação do documento.

Depois da votação, o documento com as indicações de Calheiros serão encaminhadas para o Ministério Público Federal, Ministério Público dos estados e no caso do presidente, como seu foro proporcional é o Supremo, caberá ao procurador-geral da República, Augusto Aras, decidir se enviará ou não à Corte Suprema a documentação.

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Em suas palavras, Renan Calheiros afirma que o governo assentiu com a morte da população. O objetivo da “imunização de rebanho”, segundo Renan, foi a promoção deliberada da disseminação do vírus da Covid-19.