Ronnie Lessa, acusado de matar Marielle Franco, recebe novo mandado de prisão

O ex-policial e esposa são acusados de lavagem de dinheiro e ocultação de patrimônio.

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Na última quinta-feira, 14, a 1ª Vara Especializada do Rio de Janeiro (RJ) expediu um novo mandado de prisão preventiva para o ex-policial militar Ronnie Lessa, um dos acusados do homicídio da vereadora Marielle Franco e de seu motorista Anderson do Carmo. Também expediu novo mandado para sua esposa, Elaine Pereira Figueiredo Lessa, ambos pelo crime de lavagem de dinheiro.

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Ronnie cumpre pena de reclusão pelo crime de duplo homicídio, desde março de 2019, na Penitenciária Federal de Segurança Máxima de Campo Grande, MS. A esposa foi presa em julho deste ano pelo crime de tráfico internacional de armas, e cumpre pena no complexo Penitenciário de Bangu, na zona oeste do Rio.

Através de uma análise detalhada nas investigações dos homicídios, foram identificadas divergências entre a renda declarada por Ronnie e seu estilo de vida em alto padrão com a família. Segundo o Ministério Público, a suspeita que levou a abertura de inquérito, confirmou a atividade criminosa da família Lessa de ocultação de patrimônio através de terceiros, denominados ‘laranjas’.

A quebra do sigilo bancário e fiscal pela Justiça, teve papel fundamental na apuração do esquema criminoso, que além de ter descoberto a movimentação financeira milionária de Ronnie entre 2014 a 2019, determinou medidas cautelares a seu irmão Denis Lessa, e Alexandre Motta Souza, amigo da família, por colaborarem no crime como laranjas.

De acordo com o Ministério Público, a situação se agrava, tendo em vista que ocorreram dissimulações em transações imobiliárias, em que Ronnie teria declarado a compra de imóveis com valores muito inferiores à realidade, a fim de não levantar suspeitas na Receita Federal.

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