Um escândalo envolvendo a Igreja Universal caiu como uma bomba neste último sábado, 9 de outubro. Segundo o portal de notícias Metrópoles, doze ex-pastores da igreja de Edir Macedo estão sendo investigados por supostamente participarem de um esquema milionário de desvio de dízimos e ofertas da igreja.
Segundo o portal de notícias, a denúncia partiu da própria igreja, após demissão dos líderes religiosos. O Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Decor), juntamente com a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) estão investigando o caso.
A igreja suspeita que o desvio tenha causado um rombo de aproximadamente R$ 3 milhões. Os pastores demitidos da Universal teriam, inclusive, criado empresas de fachada, a fim de lavar o dinheiro desviado dos dízimos.
O dinheiro, em sua grande maioria, seria do “Culto dos 318”, um ministério voltado para empresários que estão à beira da falência ou que querem melhorar ainda mais sua vida financeira e empresarial. Os envolvidos estariam ligados ao “faraó dos bitcoins”, Glaidson Acácio dos Santos, preso pela Polícia Federal em agosto.
Pastor acusado de chefiar a quadrilha ‘prosperou’ e ficou rico da noite para o dia
Documentos que já estão em posse dos investigadores apontam que o pastor acusado de chefiar a quadrilha recebia, mensalmente, cerca de 3 mil reais. Mesmo com esse salário considerado modesto, ele comprou um apartamento de luxo de R$ 2,6 milhões e ao menos três carros no valor de R$ 248 mil.
O mesmo pastor possui em seu nome uma empresa com capital declarado de R$ 500 mil, e outra em sociedade com um religioso.
O advogado da Igreja Universal acusa os pastores de utilizar dinheiro desviado para operar criptomoedas, mais especificamente o Bitcoin. “Não à toa que investigado e ex-pastores abriram diversas empresas nos últimos meses”, diz um trecho do texto.