Mais um atentado terrorista termina com muitos mortos e feridos. Mais de 100 pessoas morreram e várias ficaram feridas na explosão em um templo religioso nesta sexta-feira (8). O ataque aconteceu em uma mesquita xiita, que fica em Kunduz, cidade ao norte do Afeganistão.
O Estado Islâmico já assumiu serem os responsáveis pelo ataque suicida, que inicialmente tinha sido identificados 46 mortos e 143 feridos, segundo Bakhtar, agência de notícias estatal. Autoridades de saúdes do país estimaram de 70 a 80 mortos, número este que aumentou após uma melhor análise do local.
A missão da Organização das Nações Unidas que agem no Afeganistão, classificou esse ataque como “parte de um padrão perturbador de violência”, o qual ocorre depois de outros atentados que foram identificados nos últimos dias.
“Houve uma explosão em uma mesquita de nossos compatriotas xiitas, e o resultado disso é que um número de nossos compatriotas foram martirizados e feridos“, disse Zabihullah Mujahid, que é um porta-voz do grupo Talibã, informando, ainda, que foi enviado para o local uma unidade especial para investigar o ocorrido.
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O país registrou diversos atentados nas últimas semanas, sendo que alguns deles foram reivindicados por um dos braços do grupo terrorista no país. Dentre os alvos dos ataques, estão outra mesquita em Cabul, capital do país, e em uma escola religiosa localizada em Khost, uma província oriental.
O Estado Islâmico e o Talibã são grandes rivais no Afeganistão, sendo grupos extremistas sunitas. Mesmo sendo muçulmanos, eles têm teologias e rituais diferentes. Enquanto um grupo é mais tradicional, sendo Maomé o maior profeta, o outro segue um genro do profeta, dos quais só os descendentes podem ser líderes muçulmanos.