O pai de Henry, Leniel Borel, ficou cara a cara com Monique Medeiros, sua ex-mulher que está sendo acusada de matar seu próprio filho, Henry Borel. A primeira audiência de instrução aconteceu na quarta-feira (06/10), no 2° Tribunal do Júri do Rio de Janeiro.
Em seu depoimento, Leniel se emocionou ao relembrar o último momento com o filho, quando deixou Henry com Monique, no dia 7 de março, por volta de 19:30. Segundo o pai, Henry chorou e se recusou a ir para casa de sua mãe. O menino ainda se desesperou quando viu sua mãe chegando para pegá-lo e falou novamente: “papai não quero ir”.
“Quando o Henry se desesperou ao ver a Monique chegar, eu disse ‘vai com a mamãe’. Henry disse: ‘Não. Mamãe não é boa, mamãe é má’”, disse Leniel, demonstrando estar muito abalado.
Durante seu depoimento, ele também relembrou um vídeo de Henry, gravado dois dias antes do crime, em que o menino cantava e dançava uma música católica. Ao longo do depoimento de Leniel, Monique chorou muito e fez várias anotações em uma folha.
O pai de Henry ainda disse que pediu à Monique para ficar com o menino no feriado de carnaval, mas ela não deixou. De acordo com Leniel, uma semana antes do feriado, Monique disse que Henry caiu da cama e levou o menino para o hospital, pois ele estava mancando. Contudo, o pai afirmou que, com certeza, foi mentira e que o menino tinha sido espancado por Jairinho e Monique.
O delegado Henrique Damasceno, responsável pela investigação do caso, também prestou seu depoimento na quarta-feira (06/10), e disse que “é evidente que Jairo batia nessa criança” e que Monique “sabia dessas agressões”.
Henry Borel faleceu no dia 8 de março de 2021, com 4 anos. Os laudos da perícia apontam que Henry teve 23 lesões espalhadas pelo corpo causadas por ações violentas.
A mãe de Henry, Monique Medeiros e seu namorado, o ex-vereador e médico Jairo Souza Santos Júnior, estão sendo acusados de homicídio triplamente qualificado, tortura e coação de testemunhas.