Na manhã desta quinta-feira (7) foi anunciado o vencedor do Prêmio Nobel de Literatura 2021. O prêmio foi para Abdulrazak Gurnah, romancista da Tanzânia, na África. De acordo com declaração da Academia Sueca, a concessão foi feita “por sua penetração intransigente e compassiva dos efeitos do colonialismo e do destino do refugiado no abismo entre culturas e continentes”.
A Academia declara que os romances do autor são descrições carregadas de estereótipos e abrem os olhos do mundo para uma África Oriental que possui uma cultura rica e diversificada, afirmando ainda que essa cultura é desconhecida por grande parte do planeta.
Quem é Abdulrazak Gurnah?
O autor nasceu no ano de 1948, viveu na ilha de Zanzibar até os 12 anos, e foi para a Inglaterra em 1960 como refugiado. Aos 21 anos, ele começou a escrever, publicou dez livros e uma variedade de contos na sua carreira. A base de suas obras é a temática dos refugiados.
Gurnah trabalhava como docente de Inglês e de Literaturas Pós-Coloniais, na Universidade de Kent, que fica em Canterbury. Ele se aposentou recentemente.
O livro de estreia dele, Memory of Departure, lançado no fim da década de 80, retrata a história de um jovem cheio de talentos tentando uma vida nova com a proteção de seu tio. Porém, ele é humilhado e precisa voltar para a sua família que é carregada de problemas.
Em sua última obra publicada, Afterlives, lançada ano passado, ele narra a vida de Hamza, jovem que vai para a guerra contra sua vontade, ao lado de alemães. No conflito, ele se torna dependente de um oficial que o explora sexualmente.