A fase preliminar do julgamento de Monique Medeiros e Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho, começa nesta semana. Testemunhas que deveriam depor nesta quarta-feira (6) estavam desaparecidas até ontem. A Justiça não conseguiu localizar quatro pessoas: duas médicas que atenderam Henry, a babá do menino e uma ex-mulher de Jairinho.
Nesta segunda, Jairinho e Monique sofreram derrota na Justiça. A juíza Elizabeth Machado Louro, do 2º Tribunal de Júri, determinou a queda dos sigilos fiscal e bancário do padrasto e da mãe de Henry. A decisão pode beneficiar o pai do garoto, Leniel Borel de Almeida.
O Ministério Público pediu indenização de R$ 1,5 milhão para Leniel. Com a quebra dos sigilos fiscal e bancário, será possível avaliar o patrimônio dos dois e com qual quantia Leniel pode ser indenizado. A decisão da juíza reconsidera o que havia sido decidido pelo juiz Daniel Costa. Em agosto, ele havia negado a autorização para quebra dos sigilos.
Morte de Henry
Henry Borel morreu na madrugada do dia 8 de março. Ele tinha apenas quatro anos e deu entrada em hospital do Rio de Janeiro já sem vida. Jairinho e Monique contaram que haviam acordado de madrugada e o menino estava caído no quarto.
As investigações apontaram que Henry foi agredido por Jairinho. As agressões, aliás, já haviam acontecido antes, como mostraram conversas da babá, Thayná Oliveira, com Monique Medeiros. Jairinho, vereador eleito pelo Rio de Janeiro, teve o mandato cassado. Os dois foram presos no dia 8 de abril e permanecem na cadeia desde então.