Neste sábado (2), ocorrerá os protestos de grupos opositores ao atual governo do presidente da república Jair Bolsonaro (sem partido), tendo como principal fundamento ao pedido de impeachment a alta da inflação acumulada no país e o aumento da fome.
Ao contrário das manifestações ocorridas em 12 de setembro pelo MBL (Movimento Brasil Livre) em que a presença de manifestantes foi menor que o previsto, de acordo com a oposição está manifestação será a maior já realizada contra Bolsonaro, contando com a presença de grupos de centro-esquerda, centro-direita e da presença de líderes de esquerda.
A concentração em São Paulo será na Avenida Paulista, a partir das 13h, porém, grupos de direita contrários a Bolsonaro, não participarão dos protestos devido a não concordarem com os ideais levantados pela esquerda. A previsão é que as manifestações ocorram em mais de 250 cidades pelo país, com previsão de apoio de 19 partidos, a fim de criar uma onda de longo alcance contra o presidente.
Entretanto, o fundador do PT (partido dos trabalhadores) o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ainda não confirmou se irá comparecer durante as manifestações, tendo como porta voz do partido Fernando Haddad e Gleisi Hoffmann discursando na capital paulista.
Sergio Nobre, o presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores) em seu discurso de convocação da população para as manifestações de sábado disse: “O povo está sentindo na carne o desemprego recorde, o desalento, a carestia, a fome, a inflação que voltou à casa dos dois dígitos, o PIB inexpressivo, o fechamento de empresas, o descrédito e a desconfiança internacional, além do recorde de casos e mortes na pandemia”.
Nesse sentido, as entidades sindicais de oposição almejam que os efeitos das manifestações incidam na Câmara dos deputados, presidido por Arthur Lira (PP-AL) que possui aliança com Bolsonaro, possa apreciar no plenário os pedidos de impeachment enviados.