O que antes parecia improvável, ganhou outros contornos e já figura como uma realidade: a prorrogação do Auxílio Emergencial, por parte do governo federal. Nos bastidores, a cúpula de Jair Bolsonaro passa a discutir a possibilidade de estender o programa por mais tempo.
Responsável pelo Ministério da Cidadania, que é a pasta incumbida de direcionar e monitorar os pagamentos do programa, o ministro João Roma confirmou que há um estudo do tema, mas garantiu que não há nenhum tipo de decisão tomada.
“É preciso que haja um esforço do Estado brasileiro para proteger 25 milhões de cidadãos”, afirmou Roma, fazendo referência aos brasileiros que recebem atualmente o benefício, mas que ficariam fora do próximo programa a ser lançado pelo governo em substituição ao Bolsa Família, o Auxílio Brasil.
Depois de uma forte pressão no ano passado do Congresso, o governo federal viabilizou novos pagamentos do benefício, que já está com sua sexta cota em curso de distribuição, com valores oscilando entre R$ 150 a R$ 375, dependendo do perfil familiar.
Ainda necessário
Segundo João Roma, embora o número de óbitos da Covid-19 tenha diminuído após a intensificação da campanha com as vacinas, os impactos da crise seguem assolando a população nacional de forma expressiva. “A pandemia acabou, mas seus efeitos sociais não”, pontuou Roma.
A exemplo do ano passado, a discussão acerca de uma nova prorrogação do Auxílio Emergencial conta com o apoio de parlamentares no Congresso Nacional.
Os planos do governo federal há alguns meses era descontinuar o programa criado durante a pandemia, e paralelamente lançar o Auxílio Brasil, que viria para ocupar a vaga do tradicional Bolsa Família. Contudo, o novo benefício tem algumas pendências, o que deve atrasar o seu início.