Em 1000 dias como presidente, Bolsonaro mentiu ou distorceu 3989 vezes em suas declarações

Presidente assumiu em janeiro de 2019, e a média é de 3,9 alegações enganosas por dia.

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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) completou, nesta segunda-feira, 1000 dias de governo.

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Outro marco também alcançado pelo chefe de estado são as 3989 declarações falsas ou distorcidas feitas desde o início do mandato, em 1º de janeiro de 2019, segundo dados da agência Aos Fatos.

Mentiras e distorções sobre a Covid-19 é o tema predominante no discurso desinformativo de Bolsonaro, totalizando até hoje 1982 declarações, ou seja, 49,69% até aqui.

O segundo lugar no ranking de declarações falsas ou distorcidas do presidente está o tema Economia, com 683 afirmações.

Declaração falsa mais repetida por Bolsonaro

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Uma das afirmações classificada como falsa mais repetida por Bolsonaro é de que “estamos há dois anos e meio sem um caso de corrupção”. Essa declaração, segundo a Aos Fatos, é falsa, já que o governo é alvo de investigação e denúncia de casos de corrupção, como exemplo a CPI da Covid, que atualmente apura um suposto esquema fraudulento que envolve executivos do Ministério da Saúde e Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo na Câmara.

A CPI investiga um suposto pedido de propina de US$ 1 por dose da vacina AstraZeneca, além de irregularidades em contratos para importar vacinas.

Também, atuais e antigos integrantes do governo são investigados pela PF (Polícia Federal) ou pelo Ministério Público por suspeitas de corrupção, como o ministro Ciro Nogueira (Casa Civil), Ricardo Salles, ex-titular do Meio Ambiente, Marcelo Álvaro Antônio, que comandou a pasta do Turismo, e Fabio Wajngarten, que chefiou a Secretaria de Comunicação Social.