Policial Militar se recusa a realizar hora extra para amamentar filho e acaba presa

O caso acabou chamando atenção de entidades que atuam defendendo os direitos humanos e das mulheres.

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Tatiane Alves, policial militar do estado do Maranhão, foi presa após ter se recusado a realizar hora extra por precisar amamentar o filho. O fato ocorreu no último dia 5 de setembro, durante a realização de um evento no Centro Histórico de São Luís. Além de fazer parte da corporação, a mulher também é mãe e dona de casa.

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Tatiane tem um filho de dois aninhos que ainda mama no peito. Após cumprir a jornada de trabalho de seis horas em pé, sem nenhuma pausa sequer para se alimentar, a policial recebeu uma ordem de um superior para poder continuar trabalhando, apesar de o turno já estar completo.

Ela explicou que foi informada que o policiamento continuaria mesmo com o final do evento. Além de precisar amamentar o filho, a policial contou que já não tinha mais condições físicas para poder trabalhar, pois estava exausta e não havia tido uma pausa nem para poder se alimentar. “Simplesmente, disse que, se eu não cumprisse a determinação dele, eu seria presa em flagrante por desobediência”, contou a agente.

A ordem foi dada pelo tenente Mário Sérgio Oliveira Brito. O esposo da policial que aguardava ela sair do trabalho registrou toda a ação. A mulher foi presa e levada para o Comando Geral da Polícia Militar e permaneceu 24 horas presa. Ela foi conduzida por desobediência e somente foi liberada com um alvará de soltura. Contudo, ela ficou surpresa que juntamente com o alvará também recebeu um ofício que solicitava a sua transferência do batalhão.

A maneira como se deram os fatos acabou chamando atenção de entidades que atuam defendendo os direitos humanos e das mulheres. A Promotoria de Justiça Militar abriu um inquérito para poder averiguar o caso.

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