A Polícia Civil do Rio de Janeiro divulgou que o chefe do tráfico da comunidade Castelar, de Belford Roxo, foi autorizado a matar os meninos pelo chefe da facção, porém, sem revelar que eram crianças.
Segundo investigações da Polícia, após a morte dos meninos, Estala, apelido de Willer da Silva, foi executado no Complexo da Pena, que fica na Zona Norte do Rio de Janeiro. “O que a gente tem é que, quando pediu autorização para as chefias que estavam presas, do tráfico, para punir aquelas crianças, não foi falado que eram crianças”, disse Allan Turnowski, secretário da Polícia Civil.
O agente divulgou, ainda, que as crianças foram mortas após uma autorização, que foi expedida pela cúpula da facção. As crianças, Fernando Henrique, Lucas e Alexandre, desaparecem em Belford Roxo, que fica na Baixada Fluminense, em dezembro de 2020. De acordo com dados da polícia, a repercussão da execução das crianças desagradou outros integrantes que fazem parte do grupo criminoso.
A morte de Estala teria sido ordenada por Wilton Quintanilha, o Abelha, que ocorreu após a polícia iniciar as investigações e dar os primeiros avanços. Abelha saiu “pela porta da frente da prisão”, pois teria recebido benefícios de um esquema de corrupção da Secretaria de Administração Penitenciária. Na época, a pasta era administrada por Raphael Montenegro.
Segundo a polícia, a morte dos meninos foi devido a um furto de passarinhos. A última imagem das crianças, com vida, foi feita por uma câmera de segurança, na qual eles foram filmados próximos de uma feira na região onde moram.