‘Cirurgia rara e complexa’, diz médico sobre separação de siamesas; gêmeas se olharam pela 1ª vez

O comunicado da cirurgia das gêmeas siamesas ocorreu no último domingo, 5 de setembro, em Israel.

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O nascimento de gêmeos siameses é algo considerado raro pela medicina. No entanto, alguns casos acabam tendo uma incidência ainda menor e sempre que ocorre impressiona a equipe médica e familiares. Existem situações que os siameses nascem unidos pelo tronco e quando estão ligados pela cabeça é ainda mais raro.

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Foi justamente um caso como esse que acabou chamando atenção da mídia. Duas garotinhas nasceram unidas pela parte de trás da cabeça e também das costas. As gêmeas siamesas passaram por uma cirurgia rara de separação que, felizmente, foi bem sucedida. Por isso, as irmãs puderam pela primeira vez se olhar nos olhos. O procedimento cirúrgico foi realizado em Israel.

No último domingo, 5 de setembro, o Soroka Medical Center fez o anúncio da cirurgia que teve duração de mais 12 horas e contou com a presença dezenas de especialistas de Israel e também de outros países. Foi necessário muitos meses para que a equipe pudesse se preparar para o procedimento de separação das gêmeas siamesas.

“Esta foi uma cirurgia rara e complexa que foi realizada apenas 20 vezes em todo o mundo [anteriormente] e agora, pela primeira vez, em Israel”, explicou o médico Mickey Gideon, neurocirurgião pediátrico e também chefe do hospital que fica localizado no município de Beersheba.

Imagens divulgadas pela imprensa de Israel mostraram as irmãs, que não tiveram os nomes divulgados, uma frente a outra em um bercinho e com as cabeças enfaixadas. O anunciou divulgado pela instituição citou que a operação necessitou de reconstrução do crânio e foi necessário fazer enxertos do couro cabeludas das crianças.

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Durante uma entrevista concedida a mídia local, o médico disse que as gêmeas se recuperam bem e conseguem se alimentar e respirar sozinhas.

O Brasil já teve um caso semelhante que também foi bem-sucedido. As gêmeas siamesas Mel e Lis nasceram ligadas pela cabeça e no ano de 2019 passaram por um procedimento de separação em um hospital de Brasília.