Terceira dose contra Covid-19 é um erro, alerta especialistas para o caso da Coronavac

A terceira dose da vacina contra o novo coronavírus é mais uma forma de combater a pandemia.

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No Brasil, o Ministério da Saúde decidiu que os idosos acima de 70 anos e também imunossuprimidos, terão direito a receber a terceira dose da vacina contra Covid-19 a partir do próximo dia 15. Mas de acordo com o Ministério, é preciso optar pela vacina da Pfizer ou AstraZeneca, que conta com a aprovação da comunidade científica.

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A vacina da Pfizer é desenvolvida com tecnologia moderna de RNA mensageiro e a da Astrazeneca faz uso de um vírus inativo para garantir a proteção do corpo contra o coronavírus. Ambas foram aprovadas para serem utilizadas na terceira dose, após análise criteriosa feita por um grupo que conta com membros das sociedades científicas, do Conselho Nacional de Secretários de Saúde e também do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde.

Contudo, o governador de São Paulo, João Doria, juntamente com o diretor do Butantan e o secretário estadual de saúde, garantem com qualquer vacina que estiver disponível no mercado pode ser utilizada na terceira dose.

Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan, argumenta que dois estudos mostraram que a Coronavac garante aumento da resposta imune quando aplicada na terceira dose em idosos. O que ele não mencionou é que estes mesmos estudos mostram que há uma queda significativa dos anticorpos depois de 6 meses.

No caso da Pfizer e AstraZeneca, há uma resposta imune bem mais elevada em relação à Coronavac, por isso são mais indicadas.

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Renato Kfouri, diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações, disse que a decisão de João Doria sai da lógica da ciência e acaba confundindo a população que fica desconfiada e isso é ruim para todos. E enquanto o impasse continua, os idosos ficam em dúvida se devem ou não receber a terceira dose da vacina, quando for da Coronavac.